Zumbido, uma publicação Selo Sesc, é a revista digital sobre música do Selo Sesc e estará disponível no aplicativo mobile do Sesc em São Paulo dia 25 de julho.
Zumbido chega para discutir a música como linguagem, sem ignorar o componente afetivo que nos move ao dar o play num fonograma, baixar a agulha no vinil ou vasculhar o encarte de um CD. Com edições temáticas e periodicidade semestral, a revista vai servir como um espaço para reflexão sobre os diversos aspectos da cadeia musical. Para cada número, serão convidados compositores, escritores, jornalistas e músicos para a produção dos textos. No primeiro número, Clara Averbuck, Joca Reinners Terron, Fabio Massari, Raimo Benedetti, entre outros colaboradores dão vida à publicação.
Para o coordenador do Selo Sesc, Wagner Palazzi, o lançamento da publicação digital visa “preencher uma lacuna deixada pelo mercado editorial, já que há poucas publicações dedicadas a enfrentar a música como linguagem artística”. Ainda segundo Palazzi, a Zumbido segue a tendência de consumo da música nesses últimos tempos “e só terá uma versão digital, podendo ser acessada de qualquer celular ou tablet. Mas não descartamos uma versão para desktop para a uma próxima edição”, destaca.
Com ilustrações de Lourenço Mutarelli e dividida em oito seções editoriais, a Zumbido chega ao público com um textão de abertura, equivalente à matéria de capa e que irá explorar o tema proposto na edição de lançamento: a crítica musical.
“A crítica musical no Brasil, exercida desde o final da década de 1950, sofreu muitas transformações de lá para cá. Com a era da internet, os leitores perderam para as redes sociais o interesse nos jornais. Foi aí que a crise se intensificou. O primeiro número da Zumbido, nova publicação do Selo Sesc, traz uma reflexão sobre o tema”, destaca Lauro Lisboa Garcia.
Apontando para o componente afetivo, a seção Discografia Básica Sentimental, dá espaço para um colaborador apresentar um disco que marcou a sua vida – a intenção é construir uma biblioteca das resenhas e possibilitar ao público a descoberta de novas obras. Clara Averbuck discorre sobre “Nina Simone Sings The Blues”.
A publicação também contará com um Perfil de nome da música que dialogue com o tema central da revista. Para esta edição, Joca Reinners Terron escreve seus “17 retratos de um artista irretratável” sobre Walter Franco. Antenada aos lançamentos do Selo Sesc, a revista vai oferecer conteúdos exclusivos como making of dos discos do Selo – “No Mundo dos Sons” de Hermeto Pascoal & Grupo inicia os trabalhos da seção Gravando. Aproveitando que a Zumbido está em plataforma digital, cada edição traz uma obra do catálogo do Selo apresentada por um vídeo-artista na seção Contemplativa: Raimo Benedetti e sua visão sobre Scriptio de Flo Menezes dão o tom.
E, desfrutando do rico arquivo de imagens e registros do Sesc em São Paulo, a Zumbido vai proporcionar ao leitor um mergulho nas experiências inesquecíveis que pessoas ligadas à música vivenciaram nas unidades do Sesc: Fabio Massari lista seus cinco melhores shows no Sesc em São Paulo, na seção Baú. Seguindo essa linha, a revista também trará uma galeria fotográfica dos últimos shows realizados no Sesc em São Paulo, na seção Ao Vivo. A produção dos artistas que trabalham na instituição terá seu espaço na seção gráfica Ruído Interno, que encerra a revista com o obituário de Daminhão Experiênça por Sandro Saraiva.