Um ritmo que surgiu dos “causos” do povo interiorano e atualmente conquista uma legião de apaixonados por esse Brasil afora.
Quem diria que um gênero musical que já foi tão ignorado por gerações da cidade grande, hoje estaria tomado conta das baladas mais frequentadas e sendo o ritmo mais tocado em centenas de emissoras de rádio em todo país? Pois é, esse é nada mais nada menos que o mundo sertanejo, que chegou devagarinho e conquistou milhares de pessoas pelo mundo. Mas onde e quando surgiu esse ritmo que já passou por grandes transformações desde seu surgimento?
Primeiramente vamos a uma breve explicação sobre o termo “Sertanejo”: Refere-se aos locais afastados das cidades. Quando esse é direcionado para a cultura nordestina, é lembrado por sua relação que seus habitantes têm com a vegetação e clima desfavoráveis, além da dominação política dos coronéis (cultura de resistência) e do maturo sertanejo. Já nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná se desenvolveu a cultura de abundância do colono (terras muito produtivas e água). Tratando-se da música caipira ou sertaneja, elas são chamadas assim devido suas composições serem realizadas nas zonas rurais e o modo de vida de quem às compunha.
Inicialmente essas canções surgiram entre os anos de 1920 e 1944. Nasceram de gravações realizadas pelo jornalista e escritor, Cornélio Pires, tirada de “causos” dos contos tradicionais do interior paulista, norte e oeste paranaense, sul e triangulo mineiro, sudeste goiano e mato-grossense. Nesse período os cantores interpretavam em suas moda de viola, seus estilos de vida no interior e referenciavam as paisagens que os rodeavam. Em sua maioria, cantadas por duplas, essas músicas eram acompanhadas por violas, posteriormente seguidas do violão. Essa fase sertaneja foi muito bem representada por “Cornélio Pires e sua Turma”, (ele citado acima), Alvarenga e Ranchinho, Torres e Florêncio, Tonico e Tinoco, Vieira e Vieirinha e Pena Branca e Xavantinho.
O ano de 1946 destacou a dupla, Tonico e Tinoco através da gravação do grande sucesso Chico Mineiro de Tonico e Francisco Mineiro, clássico da música caipira cantado até os dias de hoje. Nesse período, os compositores descreviam as dificuldades da vida sertaneja e o caráter do homem que nela vivia, tendo como destaque os vaqueiros, os animais que eles lidavam e suas narrativas sobre morte e fatalidades vividas no sertão. Se a dupla acima fez tanto sucesso em uma época de poucos recursos, imagine você se eles tivessem a ajuda de um divulgador artístico e uma empresa como a Connectmix, monitorando suas músicas nas emissoras de rádio do Brasil. Com certeza esse reconhecimento teria vindo de forma ainda mais rápida.
As mudanças
Após a Segunda Guerra o ritmo sertanejo sofreu mudanças no incremento de suas melodias. Nessa fase entra instrumentos como harpas e acordeons, que enriqueceram mais as melodias. Outra novidade foram os duetos com intervalos variados e estilos originários de outros países: o “mariachi” (gênero musical popular do México), a Guarânia, a polca paraguaia e a Ranchera Mexicana, além do surgimento de novos ritmos como o rasqueado, a moda campeira e o pagode (resultado da catira e recortado).
Já nos anos 70, o romantismo entra no cenário sertanejo e artistas como Cascatinha e Inhana, José Fortuna (adaptador da guarânia), Luizinho, Limeira e Zezinha (música campeira), Nhô Pai (criador do rasqueado), Irmãs Galvão, Irmãs Castro, Sulino e Marrueiro, Palmeira e Biá, Tião Carreiro (criador do pagode) e Pardinho, assim como a dupla Milionário e José Rico que entra para fazer história na família sertaneja.
Se não bastasse, cada dia uma nova voz sendo reconhecida. Nesse mesmo período ocorre à introdução de aparelhos musicais mais modernos como a guitarra elétrica e o gênero musical conhecido por sua origem sertaneja ganha um ritmo inovador. Um dos precursores dessa versão mais aprimorada é o cantor Sergio Reis que grava um repertório conhecido do povo em um formato mais amplo. Mais uma vez as composições passam por transformações, o romantismo permanece e agora é inspirado em uma vida urbana.
Inacreditável pensar que atualmente os shows sertanejos que são dotados de tanta tecnologia, na década de 80 eram realizados em circos, alguns em rodeios e principalmente nas rádios AM. A partir desse período essa penetração estendeu-se às rádios FM e também para a televisão. Figuras inesquecíveis marcantes dessa fase sertaneja, e que hoje ainda possue grande popularidade por suas interpretações são: Chitãozinho e Xororó, Leonardo (dupla Leandro e Leonardo), Zezé Di Camargo e Luciano, Chrystian e Ralf, Trio Parada Dura, Chico Rei e Paraná, João Mineiro e Marciano, Nalva Aguiar e Roberta Miranda.
Com o passar dos tempos o sertanejo de raiz se transformou, ganhou novos ritmos e suas músicas e letras ganham intenções diferentes dando voz a essa nova geração que chegou pra valer com o sertanejo universitário. O estilo literalmente Goiano nasce de uma mistura da música sertaneja com o estilo brega recebendo toques e batidas que lembram o arrocha. Considerado o terceiro segmento na música sertaneja, a interação entre o interior e a metrópole no meio acadêmico contribuiu para o surgimento do estilo próprio. O resultado inicial foi uma nova adaptação das antigas e clássicas raízes sertanejas que no passar dos anos foram se distanciando dos estilos precurssores e adquirindo identidade própria. O novo segmento ganhou muitos adeptos e espaço na mídia devido ao apelo popular que envolve canções direcionadas a temas como mulher, festas, e sofrência cantado por artistas jovens. Entre eles: João Bosco e Vinicius, Jorge e Mateus, Fernando & Sorocaba, Marcos & Belutti, Luan Santana, Marilia Cecília e Rodolfo, Munhoz e Mariano, entre tantas outras duplas maravilhosas que se destacam a cada dia. E o que dizer das duplas que abriram as portas para essa galera como Guilherme e Santiago, Bruno & Marrone, Edson e Hudson, Vitor e Léo e outros tantos.
Mas a safra feminina não ficou para traz. Chegou aos poucos e ganhou espaço na mídia. Independente de cantarem em duplas ou solo encantam por onde passam e marcam presença nas rádios brasileiras entre os hits mais tocados. Entre elas estão: Simone e Simaria, Marília Mendonça, Naiara Azevedo, Maiara e Maraísa, entre tantas.
Se você tem talento e inda não faz parte desse grupo seleto de artistas sertanejos, mas pretende seguir carreira, não deixe de estudar muito sobre a profissão e capacitar-se, assim como contar com a ajuda de produtores e divulgadores musicais. Seguindo a risca esses conselhos muitas portas irão se abrir e sua carreira promissora pode chegar mais cedo do que imagina. Mais uma coisa é certa, nenhum meio de comunicação é tão bem recomendado para uma carreira de cantor reconhecida como o rádio, nele você acompanha lançamentos musicais, as mais antigas e ainda se diverte com ritmos dançantes e alegres ou então curte uma sofrência que é só sua, importante é não deixar de escutar sua rádio preferida, anotar os dados dos locutores e produtores e também aproveitar para fazer contato e enviar a sua canção.
Outra forma de ver sua música sendo de trabalho sendo executada nas emissoras do país é contar com o trabalho da equipe Connectmix. Especializada em monitoramento, fornecemos números exatos e, o melhor, você pode acompanhar tudo em tempo real. Se além de saber quais as emissoras que mais tocam suas músicas, o número de execuções por praça, ou região, conhecer sua classificação no ranking, a Connectmix conta agora com o serviço de LANÇAMENTO MUSICAL. Através deste serviço, sua nova música pode chegar a um público de mais de 30 mil pessoas diretamente ligadas ao meio. São emissoras de rádio, artistas, empresários, produtores, organizadores de eventos e muito mais.
Isso comprova os dados passados por meio de pesquisa realizada pela KANTAR IBOPE MEDIA que afirma que 94% dos ouvintes ligam em uma emissora para ouvir a programação musical. Ainda com dados referentes a mesma pesquisa, 45% dos entrevistados de Curitiba ligam em determinada frequência para ouvir ritmo sertanejo, logo atrás vem Belo Horizonte com 41%, seguido pelo Distrito Federal com 38%. Em Porto Alegre a porcentagem dos entrevistados que escutam o gênero é de 37%, Campinas com 35%, finalizando com São Paulo com 34%.
Agora que você já sabe um pouco mais sobre a história de um ritmo que ultrapassou barreiras e hoje é o mais executado no Brasil, fique ao som da música que encantou e encanta a todos na voz de Chitãozinho e Xororó e teve a composição de José Augusto e Paulo Sérgio Valle em 1990, Evidências.